ABORDAGEM ARTESANAL, CRÍTICA E PLURAL / ANO 16

América do Sul, Brasil,

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Max Weber e a objetividade do conhecimento das Ciências Sociais


Bernardo Caprara

Sociólogo e Professor
 
O vídeo tem como objetivo apresentar a obra de Max Weber, enfatizando seus aspectos epistemológicos, em relação com o "fio condutor" do seu pensamento (o processo de racionalização da vida).




O vídeo se divide em cinco partes, sendo que os detalhes dos conteúdos de cada parte estão descritos abaixo:

(1) Revisão dos conteúdos dos vídeos 01, 02 e 03: ciência moderna, empirismo, positivismo e materialismo dialético;

(2) Weber e Marx: crítica weberiana ao determinismo econômico marxista e afinidade eletiva entre o "ascetismo intramundano" do empresário protestante e o "espírito" do capitalismo na sua origem;

(3) Weber, aspectos gerais: múltiplos temas de pesquisa, racionalização como fio condutor do pensamento weberiano e a relação entre a ciência e o "desencantamento" do mundo;

(4) Weber, epistemologia: antinaturalismo e crítica ao positivismo, limites da quantificação nas ciências humanas, causalidade, valores e interpretação, tipos ideais e neutralidade axiológica;

(5) Conclusão: diagnóstico weberiano da modernidade, diálogo com diagnóstico marxiano (reificação/racionalização), dilemas da "gaiola de ferro/carapaça dura" (voluntarismo da ação na proposta metodológica x determinismo da ação nas pesquisas realizadas?).

Acesse também:

As referências que fundamentam o vídeo são: FREUND, Julien. Sociologia de Max Weber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1975; OLIVA, Alberto. Ciência e ideologia: Florestan Fernandes e a formação das Ciências Sociais no Brasil. Porto Alegre: EdiPUCRS, 1997; PIERUCCI, Antônio Flávio. O desencantamento do mundo: todos os passos do conceito em Max Weber. São Paulo: Editora 34, 2013; SELL, Carlos Eduardo. Max Weber e a racionalização da vida. São Paulo: Vozes, 2013; VANDENBERGHE, Frédéric. Uma história filosófica da sociologia alemã: alienação e reificação. Volume 1: Marx, Simmel, Weber e Lukács. São Paulo: Annablume, 2012; WEBER, Max. Metodologia das Ciências Sociais. 5a edição. São Paulo: Cortez / Unicamp, 2016; WEBER, Max. A ética protestante e o "espírito do capitalismo". São Paulo: Companhia das Letras, 2004.WEBER, Max. Ciência e política: duas vocações. São Paulo: Cultrix, 2011.

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domingo, 26 de julho de 2020

Blog em movimento: da sociologia popular à sociologiartesanal

Bernardo Caprara
Sociólogo e Professor

O tempo voa. Em 2008, quando comecei o projeto do blog sociologia popular, no terceiro ano da graduação em Ciências Sociais, tinha a ideia de construir um espaço digital com a meta de tentar divulgar teorias, conceitos e pesquisas sociológicas.

Doze anos depois, com 15 anos de Ciências Sociais e 11 de docência, penso que chegou a hora de o projeto assumir uma nova cara. Agora, ainda que a meta inicial permaneça implícita, o projeto de divulgar as Ciências Sociais assume uma feição mais próxima da maneira que desejo trabalhar daqui para frente: procurando uma sociologiartesanal.

O neologismo sociologiartesanal tem inspiração na obra de Charles Wright Mills, mas não traz um fundamento ortodoxo, não se fecha em apenas uma referência. Como diz o Luthier Vicente Carrillo, que representa a oitava geração de construtores de violão, em Cuenca, na Espanha, "o artesanato é a imperfeição da perfeição".

Sem esconder imperfeições, busco uma sociologiartesanal que fomente rigor, pluralidade, criticidade e criatividade, na produção e divulgação do conhecimento, para, quem sabe, ajudar a analisar as principais questões sociais do nosso tempo histórico.

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quarta-feira, 8 de julho de 2020

Em defesa das Ciências Sociais

Bernardo Caprara
Sociólogo e Professor

No dia Nacional da Ciência, assim como nos demais dias, cientistas sociais lidam com desafios o tempo todo: opiniões, ideologias, distorções, falácias, determinismos... Há diversas formas de produzir significado sobre a vida humana em sociedade competindo com o conhecimento que fundamenta a nossa atuação profissional.

O próprio conhecimento científico das relações sociais não parece escapar dessas influências, e muito menos as pessoas/cientistas - elas mesmas integrantes das sociedades humanas que investigam. Além disso, há de se ter clareza de que outras matrizes de conhecimento possuem muito valor.

Diante de todas essas questões, é preciso ousadia e dedicação para afirmar uma ciência social crítica, rigorosa e criativa. Demanda tempo, condições materiais adequadas, estudo, maturidade; domínio do que foi e é pesquisado e teorizado sobre múltiplos temas que se inter-relacionam; domínio das bases filosóficas sobre o ser e o conhecimento; e domínio dos artefatos metodológicos disponíveis, da estatística à etnografia.

É verdade que cumprir todos esses requisitos equivale a abdicar de viver para apenas trabalhar, sendo que isso não vale o esforço. Contudo, os tempos sombrios são aqueles em que nos tornamos mais relevantes.

Procurando rigor, pluralidade, criticidade e criatividade, na produção e divulgação do conhecimento, os desafios que requerem ousadia podem se concretizar na defesa das Ciências Sociais e de sociedades mais democráticas, livres, sustentáveis e com oportunidades para todos.

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quinta-feira, 2 de julho de 2020

O materialismo histórico e dialético


Bernardo Caprara
Sociólogo e Professor

O vídeo tem como objetivo apresentar as características do materialismo histórico e dialético, elaborado por Karl Marx, em parceria com Friedrich Engels, destacando suas fontes principais (dialética idealista, materialismo mecanicista, economia política empirista e filosofia política socialista).
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Além disso, o vídeo discute as diferenças do método marxiano de análise da realidade social na relação com o empirismo e o indutivismo. A aula contou com uma edição pormenorizada, que contém trechos do filme "O jovem Karl Marx" (Diaphana Films, 2017) e uma fala do Prof. Dr. José Paulo Netto (UFRJ), especialista em marxismo.


As referências que fundamentam o vídeo são: MARX, Karl & ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. São Paulo: Martins Fontes, 1998; MARX, Karl. Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2011; MARX, Karl. Grundrisse: manuscritos econômicos de 1857-1858: esboços da crítica da economia política. São Paulo: Boitempo, 2011; OLIVA, Alberto. Ciência e ideologia: Florestan Fernandes e a formação das Ciências Sociais no Brasil. Porto Alegre: EdiPUCRS, 1997; VANDENBERGHE, Frédéric. Uma história filosófica da sociologia alemã: alienação e reificação. Volume 1: Marx, Simmel, Weber e Lukács. São Paulo: Annablume, 2012.

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