Bernardo Caprara
Sociólogo e Professor
quarta-feira, 30 de dezembro de 2020
Liberdade em 2020
quarta-feira, 23 de dezembro de 2020
Artigo: Condição de classe e desempenho educacional no Brasil
Bernardo Caprara
Sociólogo e Professor
segunda-feira, 7 de dezembro de 2020
O racionalismo aplicado de Bachelard
Bernardo Caprara
Sociólogo e Professor
O vídeo tem como objetivo apresentar com precisão a filosofia da ciência de Gaston Bachelard, que ficou conhecida como “racionalismo aplicado” ou "filosofia do não".
O vídeo está organizado da seguinte forma: (1) uma apresentação do contexto da obra de Bachelard e de um apanhado geral das suas reflexões; (2) uma apresentação do “racionalismo aplicado”, a perspectiva epistemológica do autor.
As referências que fundamentam o vídeo são: BACHELARD, Gaston. O novo espírito científico. Rio de Janeiro: Edições Tempo Brasileiro Ltda, 1968; O racionalismo aplicado. Rio de Janeiro: Editora Zahar Editores, 1977; O materialismo racional. Lisboa: Edições 70, 1990.
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quarta-feira, 18 de novembro de 2020
O realismo crítico
Bernardo Caprara
Sociólogo e Professor
O vídeo tem como objetivo caracterizar com precisão o realismo crítico, como proposta ontológica capaz de abarcar a epistemologia, de inspiração direta na obra dos filósofos Roy Bhaskar e Rom Harré.
O vídeo está dividido em três partes, abordando os seguintes pontos, sempre enfatizando a proposta ontológica e epistemológica implicada na junção do realismo transcendental com o naturalismo crítico.
1) Uma apresentação do contexto de discussão em que o realismo se situa;
2) Uma apresentação das principais características do realismo transcendental;
3) Uma apresentação das principais características do naturalismo crítico, e sua reconfiguração no chamado "realismo crítico", a partir da obra de Roy Bhaskar.
As referências que fundamentam o vídeo são: BHASKAR, Roy. A realist theory of science. New York: Routledge, 2008; CHALMERS, Alan. O que é ciência afinal? São Paulo: Brasiliense, 1993; HAMLIN, Cynthia Lins. Realismo Crítico: Um Programa de Pesquisa para as Ciências Sociais. Revista Dados, volume 43, número 2, Rio de Janeiro, 2000; VANDERBERGUE, Frédéric. Teoria social realista: um diálogo franco-britânico. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.
terça-feira, 10 de novembro de 2020
Thomas Kuhn e as revoluções científicas
Bernardo Caprara
Sociólogo e Professor
O vídeo tem como objetivo apresentar a filosofia da ciência de Thomas Samuel Kuhn, enfatizando sua estrutura lógica e seus principais pontos.
O material está dividido em três partes, que abordam os seguintes tópicos, enfatizando sempre a epistemologia de Thomas Kuhn:
(1) Ciência normal;
(2) Paradigmas, crises e revoluções científicas;
(3) Considerações finais: externalismo, ciência normal, paradigmas, revoluções e a questão das Ciências Humanas.
As referências que fundamentam o vídeo são: CHALMERS, Alan. O que é ciência afinal? São Paulo: Brasiliense, 1993; KUHN, Thomas. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 2018; KUHN, Thomas. O caminho desde a estrutura: ensaios filosóficos, 1970-1993. São Paulo: Unesp, 2017; OLIVA, Alberto. Racional ou social? A autonomia da razão científica questionada. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2005.
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segunda-feira, 28 de setembro de 2020
O náufrago e a primavera
Bernardo Caprara
Sociólogo e Professor
Como se uma década se fosse, a primavera chegou. Diante de tantas telas, é como se eu escrevesse mensagens diárias e as colocasse em garrafas, para o náufrago que me habita nesses tempos de destruição.
É como se, diante das chamas da ganância queimando a chama de vida que emerge das florestas e dos outros animais, essas garrafas encontrassem meu naufrágio e afirmassem: segue o barco, planta sementes.
É como se, diante dos mentirosos genocidas e sua horda de canalhas desprezíveis, tais mensagens brilhassem o sorriso da gata, a fala da intelectual preta que me ensina, o amor dos rapazes que passeiam de mãos dadas ou a energia das cordas e dos tambores.
Não é questão de otimismo ou pessimismo. É que o tempo não para. O substantivo, na prática, pode virar verbo. E, enquanto existir, resistir - ele nunca e nunca desistir. Nenhum futuro será por acidente.
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segunda-feira, 27 de julho de 2020
Max Weber e a objetividade do conhecimento das Ciências Sociais
Bernardo Caprara
Sociólogo e Professor
O vídeo se divide em cinco partes, sendo que os detalhes dos conteúdos de cada parte estão descritos abaixo:
domingo, 26 de julho de 2020
Blog em movimento: da sociologia popular à sociologiartesanal
Sociólogo e Professor
quarta-feira, 8 de julho de 2020
Em defesa das Ciências Sociais
Sociólogo e Professor
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quinta-feira, 2 de julho de 2020
O materialismo histórico e dialético
Bernardo Caprara
Sociólogo e Professor
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O método sociológico em Marx
terça-feira, 23 de junho de 2020
Resenhando Saberes #02: Jornalismo e fake news no século XXI
Sociólogo e Professor
segunda-feira, 15 de junho de 2020
Popper e o "falsificacionismo"
Sociólogo e Professor
O material se divide em duas partes: 1) Um resgate dos argumentos do empirismo, em especial da doutrina positivista de Comte e do Círculo de Viena, indicando aproximações e distanciamentos da filosofia da ciência de Popper; 2) A epistemologia elaborada por Karl Popper, a partir da ideia de "falseabilidade" ou "falsificacionismo".
sexta-feira, 5 de junho de 2020
Resenhando Saberes #01: A atualidade do conceito de classes sociais
Sociólogo e Professor
sexta-feira, 29 de maio de 2020
O positivismo em Comte e o Círculo de Viena
Sociólogo e Professor
segunda-feira, 4 de maio de 2020
Não há de ser inutilmente, Aldir
Bernardo Caprara
Sociólogo e Professor
Em todos esses anos, busquei na docência a defesa e o aprofundamento da democracia. Uma forma de fomentar para todos a liberdade, a igualdade e a dignidade de um mestre-sala.
Falhei muitas vezes. Incontáveis tardes me caíram como um viaduto. A sala de aula é casa de marimbondo, e tem gente aí que acha que aprender é contravenção.
De uns anos pra cá, tudo piorou. Os corpos estendidos no chão do Brasil que o Brazil não conhece, ou os tantos que partiram num rabo de foguete, entre cantos e chibatas, viram-se outra vez diante da brutalidade dos torturadores e seus asseclas.
Sentindo um frio na alma, te convido a dançar, Esperança Equilibrista. O tempo corre e o suor escorre, e a gente não pode entregar o país ao nosso passado mais sombrio. A ciranda do povo não pode desistir.
Só assim, sem se entregar, é que essa dor assim pungente, não há de ser inutilmente. São professores como eu, pais de santo, passistas, flagelados, balconistas, palhaços ou boias-frias...
Não importa quem somos, não podemos nos entregar ao porão e aos genocidas. Cantemos alto, porque se eu contar o que pode um cavaquinho, os "homi num vai crer": "Glória, a todas as lutas inglórias, que através da nossa história, não esquecemos jamais!".
quinta-feira, 30 de abril de 2020
Agradecer
Sociólogo e Professor
quinta-feira, 23 de abril de 2020
A metáfora (macabra) da modernidade
Bernardo Caprara
Sociólogo e Professor
segunda-feira, 6 de abril de 2020
É para isso que serve a Sociologia?
Albertus Magnus College
Então pensei em começar da mesma forma que inicio meu curso de Sociologia da Saúde e da Doença. Na primeira aula introduzo o estudo da epidemiologia - uma palavra bonita que significa os padrões de saúde e doença entre populações humanas [1]. Direi algumas coisas sobre como os seres humanos tinham uma expectativa de vida muito mais curta que atualmente e como vimos alguns períodos de aumento dessas taxas, mas a grande mudança na expectativa de vida dos humanos veio entre 1900–1930 durante a transição epidemiológica. A expectativa de vida para homens brancos nos EUA passou de 47 para 60 anos e para homens negros de 33–48. Por um longo tempo nos parabenizamos por esse aumento, devido à melhoria dos sistemas sanitários e de esgoto, e estes foram muito importantes. Mas os fatores mais importantes na transição epidemiológica foram uma melhoria generalizada nas condições nutricionais e de vida - ar limpo e abrigo. Comer bem e não viver amontoado em moradias precárias nas cidades industrializadas ou vilas de camponeses melhorou nossos sistemas imunológicos e reduziu a quantidade de pragas e influenza que espalhamos entre nós.
quinta-feira, 26 de março de 2020
Manifesto: Diretrizes e medidas de combate à pandemia do corona vírus e para a recuperação da economia (UFRGS)
terça-feira, 24 de março de 2020
Cientistas Sociais e o coronavírus
Por Rodrigo Toniol
Antropologia UNICAMP
Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS)
segunda-feira, 2 de março de 2020
Abordagens qualitativas e quantitativas na pesquisa sociológica
Sociólogo e Professor
A pesquisa sociológica costuma ser classificada a partir de duas abordagens, a qualitativa e a quantitativa. Porém, ambas as abordagens se relacionam com alguns pressupostos, como as discussões ontológicas e epistemológicas. Em conjunto com os aspectos metodológicos e técnicos, essas discussões constituem o centro deste texto.
Donatella Della Porta e Michael Keating, em “Approaches and Methodologies in the Social Sciences”, organizam este debate categorizando quatro “correntes teóricas”. Do ponto de vista ontológico, as principais questões são: a realidade social existe enquanto entidade coletiva? É possível conhecer a realidade social? Do ponto de vista epistemológico, coloca-se as seguintes questões: como se dá a relação entre pesquisador e objeto de pesquisa? Que tipo de conhecimento é possível produzir?
A primeira corrente teórica citada pelos autores é o positivismo, que aparece em Augusto Comte, Herbert Spencer e, para alguns, em Émile Durkheim. Trata-se de uma escola fundadora da Sociologia como disciplina especializada, e que enxerga as Ciências Sociais como semelhantes às demais ciências. A realidade social é uma entidade externa ao observador, cognoscível na sua totalidade. O pesquisador deve descrever e analisar essa realidade. Pesquisador e objeto de pesquisa são diferentes e é possível que a pesquisa seja feita de forma neutra, sem que o pesquisador afete o objeto de pesquisa. O conhecimento resultante busca “leis”, “regularidades” e relações causais.
Num segundo momento, verifica-se a emergência do pós-positivismo ou neopositivismo, para quem a realidade social permanece entendida como objetiva e existente à revelia da mente humana. Entretanto, ela é imperfeitamente cognoscível. A ideia de “leis” é substituída pela ideia de “probabilidades”. Mesmo que não haja um rompimento com o positivismo no seu âmago, há uma flexibilização importante das suas prerrogativas lógicas e uma aceitação de algum grau de incerteza. O realismo crítico, por exemplo, de Roy Bashkar, define a existência de um mundo objetivo real, à medida que o conhecimento humano sobre ele é socialmente condicionado.
A terceira corrente teórica é a interpretativista, na qual os significados objetivos e subjetivos estão bastante conectados. Subsiste uma forte crítica ao mecanicismo positivista, que é confrontado com a valorização da humanidade presente nos processo sociais. Pelo fato de os seres humanos produzirem significado o tempo todo, a pesquisa sociológica deve interpretar esses significados que motivam as ações. Dessa forma, a subjetividade atravessa o pesquisador, o objeto de pesquisa e o conhecimento produzido.
Mas é na quarta corrente teórica, a humanista, que a subjetividade ganha a sua maior relevância. É imperativo diferenciar as Ciências Sociais das Ciências da Natureza, pelo fato de que as primeiras passam sempre pelo filtro subjetivo por parte dos indivíduos, o que é uma característica importante tanto para a pesquisa, quanto para o objeto de pesquisa. Clifford Geertz argumenta nesse sentido, direcionando as Ciências Sociais para um tipo de “Ciências Interpretativas”. No extremo dessa corrente teórica, a realidade inexiste para além das imagens relativas e parciais construídas pela humanidade.
Diante das quatro correntes teóricas apresentadas por Della Porta e Keating, a pesquisa sociológica pode contar com estratégias metodológicas mais bem informadas. Os positivistas, em geral, trabalham com a linguagem das variáveis, como as “dependentes” (“explicadas”) e as “independentes” (“explicativas”). Com os pós-positivistas o contexto entra em cena e, mesmo que se mantenha a linguagem das variáveis, as relações entre elas não são tidas como válidas para todos os lugares e momentos. As abordagens quantitativas costumam ser relacionadas com essas perspectivas. As correntes interpretativista e humanista tendem a enfatizar casos específicos como entidades complexas, ressaltando o seu contexto. Nem causa e efeito, nem generalizações sãos incentivadas nessa orientação. Esse é o universo em que costumam se desenvolver as abordagens qualitativas.
Para cada orientação ontológica, epistemológica e metodológica, coexistem técnicas de produção e análise de dados empíricos. Entre as abordagens quantitativas, os questionários estilo survey tendem a ser um instrumento característico de produção de dados. Para analisar esses dados, pode-se utilizar a estatística descritiva, destacando médias, medianas, frequências e tabulações cruzadas. Indo além, as análises de correspondência simples e múltipla são recursos valiosos para análises exploratórias, pois fornecem “mapas geométricos” de associações e distanciamento entre variáveis categóricas (entendidas como “modalidades”). A análise de variância (ANOVA) ajuda a entender se as diferenças entre médias são significativas ou não. As regressões lineares, por sua vez, possibilitam a construção de modelos que identificam os efeitos de uma (simples) ou mais (múltipla) variáveis independentes sobre uma variável dependente quantitativa, com dados em distribuição normal.
Quanto às técnicas de produção e análise de dados sob uma abordagem qualitativa, Martin Bauer e George Gaskell definem a necessidade de se captar e analisar valores, significados e aspectos simbólicos. Para isso, são adequados os estudos de caso, as entrevistas em profundidade, os grupos focais, as análises de conteúdo (que pode até flertar com a abordagem quantitativa), as análises de discurso e as etnografias. Essas são técnicas que aprofundam aquilo que é produzido no universo simbólico dos indivíduos e suas relações e interações.
Por fim, é sempre preciso dizer que as escolhas metodológicas devem estar relacionadas a um problema de pesquisa consistente e objetivos claros. Além disso, como fomenta Teresa Duarte, a possibilidade de “investigação a três” ou “triangulação metodológica”, sustentada em concepções ontológicas e epistemológicas bem discutidas, tende a auxiliar o avanço das Ciências Sociais.
sexta-feira, 10 de janeiro de 2020
Trinta e cinco verões
Sociólogo e Professor
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