ABORDAGEM ARTESANAL, CRÍTICA E PLURAL / ANO 1 (16)

América do Sul, Brasil,

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Bourdieu e a renovação da sociologia contemporânea da cultura


O sociólogo francês Pierre Bourdieu foi, sem dúvidas, um dos pesquisadores mais importantes das ciências sociais no século XX. Sua obra se espalhou por diversos campos do saber, e foi traduzida para muitos países. No texto abaixo, o professor de Sociologia na Universidade de São Paulo (USP), Sergio Miceli (saiba mais),Imagem reproduzida do sítio http://www.edusp.com.br/millivros/MICELI.jpg discorre acerca das abordagens de Bourdieu. Com o foco na sua sociologia da cultura, Miceli oferece um bom apanhado de alguns dos principais conceitos forjados pelo sociólogo francês. A publicação é da Revista Tempo Social, da USP.

O artigo examina a sociologia da cultura de Pierre Bourdieu à luz de três conceitos chaves – as noções de prática,  habitus e campo –, buscando, de um lado, apreender os significados cambiantes desses termos em diferentes momentos da trajetória intelectual do autor e, de outro, ressaltando as conexões entre os objetos empíricos abordados e os respectivos modelos de interpretação sociológica da vida intelectual e cultural ancorados nesse paradigma.

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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

ENEM no IDEB?


O Ministério da Educação (MEC) vai subsitituir a Prova Brasil pelo ENEM como forma de calcular o IDEB, índice mais importante para avaliar a qualidade da educação brasileira. Esta iniciativa gerou polêmica e não está sendo debatida à exaustão, como deveria. O texto abaixo trata desta temática. A aImagem retirada do sítio http://www.schwartzman.org.br/sitesimon/wp-content/uploads/2012/08/chico1.jpgutoria dos escritos é do professor da Faculdade de Economia da Universidade Federal de Minas Gerais, José Francisco Soares (saiba mais). A referida publicação está no sítio eletrônico de Simon Schwartzman (saiba mais).

O ministro da educação Aloísio Mercadante anunciou recentemente que o IDEB para o ensino médio será calculado usando-se os resultados do ENEM, ao invés dos resultados da Prova Brasil aplicada aos alunos do terceiro ano do Ensino Médio, tal como é hoje. Para analisar quão apropriada é esta sugestão é preciso explicitar algumas características do IDEB. Este indicador é o produto de uma medida de aprendizado dos alunos, colocada em uma escala de 0 a 10, pela média da taxa de aprovação na etapa do ensino considerada, que é um número entre 0 e 1.

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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Tendências da desigualdade educacional


Os pesquisadores Nelson do Valle Silva (saiba mais) e Carlos Hasenbalg (saiba mais) formulam, no texto que segue abaixo, as principais considerações acerca das desigualdades educacionais no Brasil. A partir de dados e indicadores nacionais, Silva e Hasenbalg expõem um quadro sintético dos fatores que carregam maioresImagem reproduzida do sítio http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0011-5258&lng=en&nrm=iso impactos nesses fenômenos. A publicação é da Revista Dados e encontra-se disponível no SciELO.

No presente trabalho, nosso propósito é examinar a evolução das desigualdades educacionais e as mudanças nos determinantes extra-escolares do desempenho escolar no ensino fundamental, visando separar a contribuição das melhorias no sistema educacional stricto sensu daquelas atribuíveis às melhorias das condições sociais da clientela escolar. Para tanto utilizaremos dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD - 1998 e duas outras PNADs representativas de anos favoráveis das duas décadas passadas, a saber, aquelas referentes a 1976 e 1986. Daremos prioridade às crianças de 7 a 14 anos de idade e seu fluxo no sistema de ensino fundamental.

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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Uma “síndrome do olho eletrônico”


O pensador italiano Umberto Eco (saiba mais), famoso por seus livros, entre eles o sucesso que virou filme, “O nome da rosa”, possui uma coluna no sítio UOL. Eco fala sobre a sensação permanente em que estamos inseridos na atualidade. Tal sensação é a de uma espécie de “síndrome do olho eletrônico”, na qual em todosImagem reproduzida do sítio http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Eco,_Umberto-1.jpg  os momentos estamos cercados por câmeras, aparelhos de filmagem e similares, capazes de capturar a vida real e transpô-la para a instância do virtual. Cabe, então, uma abordagem crítica desses fenômenos.

Algum tempo atrás eu estava dando uma palestra na Academia Espanhola em Roma - ou melhor, tentando dar uma palestra. Fui distraído por uma luz forte que brilhava em meus olhos e dificultava que eu lesse minhas anotações - a luz de uma câmera de vídeo de um celular pertencente a uma mulher na plateia. Reagi de maneira muito ressentida, comentando (como geralmente faço diante de fotógrafos desconsiderados) que, mantendo a adequada divisão de trabalho, quando eu estou trabalhando eles deveriam parar de trabalhar. A mulher desligou a câmera, mas com um ar oprimido, como se tivesse sido submetida a um verdadeiro insulto.

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sábado, 11 de agosto de 2012

Com a palavra, o francês Bruno Latour


Bruno Latour (saiba mais) se define como um antropólogo filosófico que trabalha com a sociologia. Aos 65 anos, o diretor científico do Instituto de Pesquisas Políticas de Paris passa pelo Brasil para falar no evento Fronteiras do Pensamento. Autor Imagem reproduzida do sítio http://www.bruno-latour.fr/biographyde várias obras, com destaque para “Jamais Fomos Modernos – Ensaios de Antropologia Simétrica” (no Brasil, pela Editora 34), Latour discorre sobre alguns pontos centrais das suas análises. A entrevista foi realizada pela professora da UFF e da PUC, Carla Rodrigues (saiba mais), e publicada no jornal Valor Econômico.

“Os humanos são envolvidos por muitos outros seres, e a ideia de que uma pessoa age autonomamente, com seus próprios objetivos, não funciona nem na economia, nem na religião, nem na psicologia nem em nenhuma outra situação. Portanto, a pergunta que a teoria ator-rede coloca é: quais são os outros seres ativos no momento em que alguém age? A antropologia e a sociologia que tento desenvolver se ocupa da pesquisa desses seres”.

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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

The Second ISA Forum of Sociology

Nesta semana que se passou, estivemos na capital da Argentina participando do Segundo Fórum ISA de Sociologia. Organizado pela Associação Internacional de Sociologia (International Sociological Association, ISA), o Fórum reuniu sociólogos e pesquisadores das ciências humanas de todos os cantos do planeta.

Imagem reproduzida do sítio http://www.isa-sociology.org/buenos-aires-2012/

O tema do evento girou em torno das discussões sobre justiça social e democratização. No Comitê de Pesquisa de número 04 (RC 04), situado na área de Sociologia da Educação, apresentamos o trabalho intitulado “The impact of cultural capital on secondary students in Brazil” (O impacto do capital cultural no desempenho dos estudantes secundários brasileiros). Abaixo disponibilizamos os links que tornam possível acessar o programa do evento, o seu sítio na internet e o resumo do trabalho que expusemos.

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