Bruno Latour (saiba mais) se define como um antropólogo filosófico que trabalha com a sociologia. Aos 65 anos, o diretor científico do Instituto de Pesquisas Políticas de Paris passa pelo Brasil para falar no evento Fronteiras do Pensamento. Autor de várias obras, com destaque para “Jamais Fomos Modernos – Ensaios de Antropologia Simétrica” (no Brasil, pela Editora 34), Latour discorre sobre alguns pontos centrais das suas análises. A entrevista foi realizada pela professora da UFF e da PUC, Carla Rodrigues (saiba mais), e publicada no jornal Valor Econômico.
“Os humanos são envolvidos por muitos outros seres, e a ideia de que uma pessoa age autonomamente, com seus próprios objetivos, não funciona nem na economia, nem na religião, nem na psicologia nem em nenhuma outra situação. Portanto, a pergunta que a teoria ator-rede coloca é: quais são os outros seres ativos no momento em que alguém age? A antropologia e a sociologia que tento desenvolver se ocupa da pesquisa desses seres”.