A capital do Rio Grande do Sul vem protagonizando uma série de debates sobre o uso da bicicleta como veículo de transporte e lazer. O movimento Massa Crítica (clique ao lado para acessar o blog e saber bem do que se trata) está contagiando a cidade e incentivando a discussão sobre as formas de locomoção numa sociedade dominada pelos automóveis.
O fato notório é que cada vez mais os engarrafamentos predominam, o stress urbano se dissemina nas mentes e corpos que ocupam os carros, ônibus e motos das grandes metrópoles. Trafegar de bicicleta, para este sociólogo, traz a alegria de viver a rua de perto, de exercitar as pernas e todo o corpo, mas também significa romper com a ideia de que só podemos chegar aos lugares que queremos ir usando as maneiras tradicionais.
Há alguns dias ocorreu o Fórum Mundial das Bicicletas, cuja carta aprovada após as conversas e diálogos pode ser acessada clicando aqui. Fica a pergunta, proposta pelo colega jornalista (de verdade, crítico e inteligente) Mauricio Tonetto (visite o blog Polêmicas do Tonetto): a bicicleta é moda ou é realmente uma alternativa ao caos urbano?
Se me permitem esboçar uma resposta, diria que a bicicleta é uma alternativa consistente de transporte e saúde. Não é uma revolução espiritual, social ou econômica. Também não é uma moda. Mas é uma forma de escapar da dependência do automóvel, sorrindo para a cidade enquanto nos direcionamos para os locais que precisamos ou queremos frequentar. Ainda estamos engatinhando, mas se uma razoável estrutura estiver disponível e as pessoas se dispuserem a experimentar, a bicicleta só tem a contribuir.