Bernardo Caprara
Sociólogo e Professor
O tempo passa. O meu, o teu, o nosso, o deles. Inapelavelmente. Diz-se por aí, nas cartilhas da atualidade: tempo é dinheiro. Será?
Sem hipocrisia, dinheiro é importante. A ausência dele, sobretudo, é bastante cruel. Oportunizar a todos os habitantes do planeta o acesso razoável a ele mostra-se uma tarefa para ontem. Inadiável.
Noutro lado, quando o meu tempo passar e os meus olhos se fecharem de uma vezpor todas, o que terei deixado ao mundo dos vivos? Admitidos todos os meus incalculáveis defeitos, levarei e deixarei quais sentimentos e emoções?
Não dá para saber. Dá para fazer – ainda. Fazer profundas relações. Fazer e consolidar amizades. Compartilhar ideias e ideais. Fazer vínculos com amor. Assim, tempo pode ser vida.
.