Bernardo Caprara
Sociólogo e Professor
Nesse ano, algumas vezes pensei, como Cecília Meireles: liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda.
Noutras vezes, questionei parte da filosofia política moderna. Indaguei se a liberdade seria um direito natural e como os governos deveriam, no mínimo, proteger esse direito dos seus cidadãos. De todos os que estão vivos.
Vira e mexe, sinto a sabedoria popular gritar com força: a tua liberdade acaba quando começa a do outro. Nesse caldo, como nunca, lembrei muitas vezes que uma ação minha pode determinar a saúde de outras pessoas.
Viver é oscilar entre o peso e a leveza da existência. Enquanto se naturaliza a morte e se banaliza a vida, escuto Maya Angelou: só é possível ser livre, se todos o forem. Pra 2021, vacina e punição para os genocidas seria um bom início.
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