O curta-metragem dirigido por Jorge Furtado e José Pedro Goulart, “O dia em que Dorival encarou a guarda” (saiba mais), produzido em 1986, é uma adaptação do oitavo episódio do livro “O amor de Pedro por João”, do escritor Tabajara Ruas. Detido numa prisão militar, o detento Dorival tenta convencer os guardas a deixá-lo tomar um banho. Mas o preso esbarra na negativa dos guardas, embora eles não consigam justificar para Dorival a razão que o impede de se lavar. O vídeo indica uma reflexão profunda sobre a impessoalidade do sistema repressor no Estado Moderno, além dos exageros que ele pode engendrar a partir de situações como a vivida por Dorival. O chamado monopólio da violência legítima por parte do Estado pode formatar distorções como a explicitada no filme acima. Num país como o Brasil, em que o sistema carcerário parece mais um depósito de pessoas, qual a saída? Quais as alternativas?
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