Bernardo Caprara
Sociólogo e Professor
A vida é um sopro, dizia o velho Niemeyer. Um movimento de chegadas e partidas. Encontros e despedidas. Uma obra de arte, pintada de alegrias e tristezas. Se for isso mesmo, é muito intenso. Um sopro feito de furacões. Quando alguém querido se vai, como suportar? Como explicar o inexplicável? Quais as razões do imponderável, de uma partida absurdamente precipitada?
Não dá pra responder. As palavras ficam vazias. As lágrimas doem. Pesam demais. Por mais que possa parecer o contrário, se tem algo concreto nesse mundo, esse algo é o amor. Como podem alguns deixá-lo para trás, atribuindo valor ao que só tem um valor ilusório? Sei lá. Agora não importa. O corpo se vai. O amor fica. A vida é mesmo um sopro.
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