ABORDAGEM ARTESANAL, CRÍTICA E PLURAL / ANO 16

América do Sul, Brasil,

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Patriarcalismo cosmopolita

Bernardo Caprara
Sociólogo e Professor

Uma cidade cosmopolita é demais. Muito massa. Mesmo. Mas, de todos os aspectos negativos que a circulação dos estrangeiros evidencia (brigas, assaltos, racismo, etc.), um deles quase independe das nacionalidades: o machismo. Refiro-me exclusivamente às atitudes dos homens. Não estou falando dos locais de festas e encontros de multidões. Apenas das ruas comuns da metrópole. Das situações em que as mulheres são abordadas como pedaços de carne num balcão, e precisam se virar nos trinta para seguir o seu caminho sem arranhões (físicos ou simbólicos). Vi uma série de acontecimentos como esses protagonizados pelos turistas.

Na grande mídia, como sempre, a reprodução: acerca das mulheres no evento que hegemoniza as pautas, só se fala das beldades. Corpos bonitos e nada mais.

O patriarcalismo segue oprimindo. Em boa parte do mundo.

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