ABORDAGEM ARTESANAL, CRÍTICA E PLURAL / ANO 16

América do Sul, Brasil,

terça-feira, 1 de julho de 2014

Alguns indicadores sociais

Bernardo Caprara
Sociólogo e Professor

Observando algumas estatísticas descritivas em diferentes fontes, montamos o quadro abaixo contendo um conjunto de indicadores sociais. Priorizamos o Gini (desigualdade de renda), o IDH (desenvolvimento humano), o PIB (produção interna bruta), a expectativa de vida em anos e a média nas avaliações do PISA 2012 (qualidade da educação). Os grupos de países foram erigidos a partir da desigualdade de renda e organizados em três níveis: alta desigualdade (Gini maior que 50%), média desigualdade (Gini entre 30 e 50%) e baixa desigualdade (Gini menor que 30%). Essa é uma classificação abritrária, sem nenhum vínculo oficial.

Para ler os dados, é preciso destacar: Gini mais alto representa maior desigualdade de renda; quanto mais elevado o IDH, maior o desenvolvimento humano da nação; PIB alto indica economia pujante; expectativa de vida é mensurada em anos; e, por fim, quanto maior a média do PISA, melhor o rendimento educacional.

As limitações evidentes destes indicadores dizem respeito: (a) aos países arrolados, que não congregam alguma representativa do planeta; (b) ao prórprio escopo da produção de indicadores amplos, que não dão conta de subjetividades e outras relações. Sobre as nações escolhidas, embora haja pelo menos uma de cada continente (uma da América do Norte, uma da América Central, três da América do Sul, duas da Ásia, uma da Oceania, uma da África e cinco da Europa), os dados relativos ao continente africano são muito escassos. Para a ótica desse levantamento, ou seja, a fim de futuramente vislumbrar possíveis relações entre desigualdades sociais e qualidade da educação, os indicadores do PISA são fundamentais. Por isso a disparidade da localização dos países permanece e não traz tanto problema neste quadro.


Indicadores sociais para um grupo de 15 países

 

 

País

 

Gini¹

 

IDH²

 

PIB³

 

Expectativa de vida

 

Média PISA 2012

 

 

Países com desigualdade de renda elevada

 

Colômbia

55,9 (2010)

0,719

471 964

72.92

393

Hong Kong

53,7 (2009)

0,906

351 119

81.61

554

Chile

52,1 (2009)

0,819

299 632

78.65

436

Brasil

51,9 (2012)

0,730

2 294 243

72.24

402

Costa Rica

50,3 (2009)

0,773

55 021

78.87

426

 

Países com desigualdade de renda média

 

EUA

45,0 (2007)

0,937

15 094 025

77.97

492

Rússia

42,0 (2009)

0,788

2 383 402

67.68

481

Tunísia

40,0 (2005)

0,712

100 979

73.90

397

Japão

37,6 (2008)

0,912

4 440 376

82.73

540

Austrália

30,3 (2008)

0,938

914 482

81.44

512

 

Países com baixa desigualdade de renda

 

Alemanha

27,0 (2006)

0,920

3 099 080

79.85

515

República Checa

24,9 (2012)

0,873

284 952

77.01

500

Dinamarca

24,8 (2011)

0,901

206 586

78.25

498

Hungria

24,7 (2009)

0,831

195 640

73.64

486

Suécia

23,0 (2005)

0,916

381 719

80.88

482

 

Totalidades mundiais

 

Mundo

38,5 (2008)

---

78 897 426

---

---

 

¹ De acordo com The World Fact Book, produzido pela Central Intelligence Agency (CIA/USA).

² De acordo com o Ranking IDH Global 2012, produzido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD/ONU).

³ De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), produzidos a partir de cálculos baseados na paridade do poder de compra.

De acordo com o Departamento das Nações Unidas de Assuntos Econômicos e Sociais (ONU), documento publicado em 2011.

Disponível no site do INEP/MEC.

.