Bernardo Caprara
Sociólogo e Professor
Observando algumas estatísticas descritivas em diferentes fontes, montamos o quadro abaixo contendo um conjunto de indicadores sociais. Priorizamos o Gini (desigualdade de renda), o IDH (desenvolvimento humano), o PIB (produção interna bruta), a expectativa de vida em anos e a média nas avaliações do PISA 2012 (qualidade da educação). Os grupos de países foram erigidos a partir da desigualdade de renda e organizados em três níveis: alta desigualdade (Gini maior que 50%), média desigualdade (Gini entre 30 e 50%) e baixa desigualdade (Gini menor que 30%). Essa é uma classificação abritrária, sem nenhum vínculo oficial.
Para ler os dados, é preciso destacar: Gini mais alto representa maior desigualdade de renda; quanto mais elevado o IDH, maior o desenvolvimento humano da nação; PIB alto indica economia pujante; expectativa de vida é mensurada em anos; e, por fim, quanto maior a média do PISA, melhor o rendimento educacional.
As limitações evidentes destes indicadores dizem respeito: (a) aos países arrolados, que não congregam alguma representativa do planeta; (b) ao prórprio escopo da produção de indicadores amplos, que não dão conta de subjetividades e outras relações. Sobre as nações escolhidas, embora haja pelo menos uma de cada continente (uma da América do Norte, uma da América Central, três da América do Sul, duas da Ásia, uma da Oceania, uma da África e cinco da Europa), os dados relativos ao continente africano são muito escassos. Para a ótica desse levantamento, ou seja, a fim de futuramente vislumbrar possíveis relações entre desigualdades sociais e qualidade da educação, os indicadores do PISA são fundamentais. Por isso a disparidade da localização dos países permanece e não traz tanto problema neste quadro.
Indicadores sociais para um grupo de 15 países
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País |
Gini¹ |
IDH² |
PIB³ |
Expectativa de vida⁴ |
Média PISA 2012⁵
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Países com desigualdade de renda elevada
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Colômbia | 55,9 (2010) | 0,719 | 471 964 | 72.92 | 393 |
Hong Kong | 53,7 (2009) | 0,906 | 351 119 | 81.61 | 554 |
Chile | 52,1 (2009) | 0,819 | 299 632 | 78.65 | 436 |
Brasil | 51,9 (2012) | 0,730 | 2 294 243 | 72.24 | 402 |
Costa Rica | 50,3 (2009) | 0,773 | 55 021 | 78.87 | 426 |
Países com desigualdade de renda média
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EUA | 45,0 (2007) | 0,937 | 15 094 025 | 77.97 | 492 |
Rússia | 42,0 (2009) | 0,788 | 2 383 402 | 67.68 | 481 |
Tunísia | 40,0 (2005) | 0,712 | 100 979 | 73.90 | 397 |
Japão | 37,6 (2008) | 0,912 | 4 440 376 | 82.73 | 540 |
Austrália | 30,3 (2008) | 0,938 | 914 482 | 81.44 | 512 |
Países com baixa desigualdade de renda
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Alemanha | 27,0 (2006) | 0,920 | 3 099 080 | 79.85 | 515 |
República Checa | 24,9 (2012) | 0,873 | 284 952 | 77.01 | 500 |
Dinamarca | 24,8 (2011) | 0,901 | 206 586 | 78.25 | 498 |
Hungria | 24,7 (2009) | 0,831 | 195 640 | 73.64 | 486 |
Suécia | 23,0 (2005) | 0,916 | 381 719 | 80.88 | 482 |
Totalidades mundiais
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Mundo | 38,5 (2008) | --- | 78 897 426 | --- | --- |
¹ De acordo com The World Fact Book, produzido pela Central Intelligence Agency (CIA/USA).
² De acordo com o Ranking IDH Global 2012, produzido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD/ONU).
³ De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), produzidos a partir de cálculos baseados na paridade do poder de compra.
⁴ De acordo com o Departamento das Nações Unidas de Assuntos Econômicos e Sociais (ONU), documento publicado em 2011.
⁵ Disponível no site do INEP/MEC.
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